Caminhos

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Porque não pode haver outra forma senão a de existir tal como somos...

sexta-feira, 11 de maio de 2018

O meu dia, semelhante aos dias todos

Vou contar-vos o meu dia de hoje.
Entrei às 8.30, dei 2 blocos de aulas de 90 min e mais um segmento de 45 min. Saí às 12.45 e vim a correr dar o almoço à minha mãe. Entrei às 14 h e por isso tive que, como sempre, comer à pressa. Mais um bloco de 90 min de tarde. Saí às 15.30 h, mas tive de ir a uma ação de formação em que me inscrevi que começara às 15 h e que decorreu até às 18 h. Vim novamente para casa vestir a minha mãe para a fisioterapia a decorrer entre as 19 h e as 20 h.  Neste intervalo, costumo fazer compras e / ou adiantar o jantar. Fui buscá-la, despi-a, vesti-lhe o pijama, dei-lhe o jantar. As saídas e entradas em casa/carro com a minha mãe de cadeira de rodas demoram sempre um tempo superior ao razoável / suportável para uma pessoa que, como eu, tem muitos afazeres que não contam desta lista e que constituem a minha rotina diária. Jantei e arrumei a cozinha. Entretanto chegam as 22 h. Nos outros dias da semana ainda preparo as aulas convenientes para o dia seguinte, para quem as queira aproveitar. Hoje devia fazê-lo também, para ter o fim de semana mais liberto, mas não me apetece. Decidi vir falar convosco, pois há muito tempo que não o faço. Perdoem-me a ausência!
Que devo fazer? Alegrar-me por me achar frágil, mas conseguir arranjar ainda forças nesta caminhada espinhosa ou entristecer-me por estar privada de liberdade nesta fase em que ainda me resta algum vigor?

Entretanto fiz anos dia 3 deste mês. "Era uma vez", diz o bolo, porque a vida de cada um de nós é uma história e porque vocês tambem fazem parte dela.
Obrigado!